26 de novembro de 2009

Mendicância Infantil. Crime ou necessidade?




Mendicância é crime. A quem cabe fiscalizar?

Por desinformação, ausência de dinheiro ou escolaridade, os pais, ou responsáveis, acabam por incentivar os jovens a irem às ruas. Porém, as normas judiciárias são bem claras ao estipular a ilegalidade da mendicância. Com a prática, prevista em Código Penal, Lei das Contravenções Penais e Estatuto da Criança e do Adolescente, a responsabilidade cabe aos adultos em zelar pela integridade dos menores.

Como conseqüência, até mesmo a perda da guarda pode acontecer, quando são comprovadas humilhações, maus-tratos, vexame e riscos, segundo explica o advogado Hélio Leitão, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Ceará (OAB-CE).

No entanto, diante da realidade atual, pergunta-se como estão sendo feitas a fiscalização e a punição dos adultos que permitem, induzem ou obrigam os jovens a essa prática que, pela lei, é criminosa?

Como responde a delegada Ivana Timbó, titular da Delegacia de Combate à Exploração de Crianças e Adolescentes (Dceca), as intervenções dos poderes públicos são através dos programas assistenciais. Até porque, como disse, “as cadeias estão lotadas, com criminosos de alta periculosidade”.

Para Hélio Leitão, o necessário para minimizar a quantidade de crianças seriam ações policiais, ao lado de programas sociais voltados para as crianças e, principalmente, para as famílias. “Não bastam só ações repreensivas. As famílias precisam ser capacitadas. Essa é uma realidade muito triste”, opina o advogado.

Conforme acrescenta Ivana Timbó, as bolsas de benefícios mantidas pelos governos devem ser ampliadas, a fim de que cheguem a uma maior quantidade de pessoas possível. “Ninguém vive da caridade dos outros. O ser humano precisa ter dignidade. As famílias não podem colocar as crianças em situações de risco. Também corremos o risco de ter uma sociedade problemática”, argumenta.

Ao partir do princípio de que os programas sociais são os mais indicados para intervir junto às famílias e crianças, esbarra-se no investimento financeiro destinados. De acordo com o sociólogo Domingos Abreu, para continuarem os trabalhos assistenciais junto às famílias é essencial que aconteçam mais investimentos. Para ele, existe a preocupação por parte do poder público. Apesar de, muitas vezes, estimularem a ida dos jovens ao abrigo, quando este é apenas um paliativo para a situação. “Os abrigos devem ser a última opção e, sobretudo, só de passagem para os jovens”, afirma o educador social Nei Robson.

Segundo ele, os recursos escassos comprometem a manutenção das atividades voltadas para as crianças, que, dessa forma, persistem em voltar no dia seguinte aos sinais. “Precisamos fortalecer as políticas públicas para as crianças e adolescente, começando pelo orçamento que é reduzidíssimo”.

A partir daí, o educador social também chama atenção para outro ponto na permanência dos jovens em logradouros públicos. Em relação à fiscalização, ele também frisa que a responsabilidade não é só do Estado. A sociedade tem um grande papel no combate à exploração dos adolescentes que se encontram mendigando ou trabalhando nas vias.

Como disse o educador, enquanto as pessoas continuarem doando esmolas, comprando os doces e outros artefatos, a mendicância e exploração do trabalho infantil continuarão sendo um negócio rentável para os que persistem em enviar as crianças e os adolescentes aos sinais movimentados.

FIQUE POR DENTRO - Punição prevista para os adultos responsáveis

O Código Penal, no inciso IV do artigo 247, considera que é crime permitir alguém menor de 18 (dezoito) anos e sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância: ´mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública´. Nesse caso, o responsável está vulnerável a penas de detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa.

O decreto-lei de nº 3.688, de três de outubro de 1941, chamado Lei das Contravenções Penais estabelece, no artigo 49, que ´entregar-se alguém habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de sobrevivência, ou prover a própria subsistência mediante ocupação ilícita´, gera pena de prisão simples, de 15 dias a três meses.

Como parágrafo único, o artigo indica que ´a aquisição superveniente de renda, que assegure ao condenado meios bastantes de subsistência, extingue a pena´. Também sobre o tema, o artigo 60 prevê que mendigar, por ociosidade ou cupidez, gera a pena de prisão simples, de 15 dias a três meses.

No entanto, em parágrafo único, o decreto indica que aumenta-se a pena de um sexto a um terço, se a contravenção é praticada ´a) de modo vexatório, ameaçador ou fraudulento; b) mediante simulação de moléstia ou deformidade; c) em companhia de alienado ou de menor de 18 anos´.

ASSISTÊNCIA - Pais rejeitam a abordagem dos educadores sociais nas ruas

Nem sempre as crianças estão sós entre os carros, o barulho e o tráfego constante nas ruas da Cidade. Por vezes, os pais ficam à espreita acompanhando a movimentação dos que pedem dinheiro a quem passa, seja de carro ou a pé. Nessa horas, como explica a educadora social do Programa Criança Fora da Rua, Dentro da Escola, Lucilene Teixeira de Melo, 42 anos, os familiares “reagem com agressividade contra o educador social que se aproxima”.

Isso não é à toa, como destaca o sociólogo Domingos Abreu. Afinal, como detalha, os pais entram no dilema em relação ao custo/benefício de enviar os jovens às vias para garantirem um trocado e, assim, sua permanência nas casas. Com isso, a possibilidade de retirar a renda da criança e entregá-la a um programa social, torna-se um bom negócio para ser desperdiçado.

“Quando vejo os amarelinhos (educadores sociais do Estado) saio correndo. Mudo de rua, vou para algumas menos movimentadas e não falo com eles por nada nesse mundo. Tenho medo de perder meus filhos. Uma amiga minha teve os filhos levados para um abrigo e nunca mais os viu”, revela a pedinte profissional, Regina Clara Lima, 36 anos.

Para não modificarem a situação, as famílias chegam a atirar pedras nos educadores para afastá-los, conforme descreve Nei Robson, do Ponte de Encontro da Funci. “Tem uma senhora que já jogou pedra na gente, para não falarmos com as crianças que ela leva para rua. Em geral, não temos resistência dos jovens não. Até porque, criança é criança, gosta de brincar e aprender”, cita.

MARIA DEUSINA FREIRE BARROS - Os pais incentivam os filhos e os papéis às vezes se invertem

Supervisora do Núcleo de Enfrentamento à Violência e Programa Criança Fora da Rua, Dentro da Escola

Hoje, em Fortaleza, uma média de quantas crianças está em situação de rua?

Desde o início da atuação do Programa Criança Fora da Rua, Dentro da Escola, em 1996, os educadores sociais já abordaram 11.312 crianças e adolescentes na mendicância.

O que mais incentiva as crianças a irem às ruas?


O que com muita freqüência leva é a falta de condição financeira da família. Os adultos estão desempregados e fazendo apenas biscates. A família termina encaminhando os filhos para mendigarem porque as crianças sensibilizam os que ´dão trocados´ e isto faz com que voltem no outro dia.

Em relação à mendicância, em geral são os pais que mandam? A baixa escolaridade deles contribui?

Os pais incentivam, permitem, cobram muitas vezes dos filhos e os papéis às vezes se invertem. As crianças e adolescentes ficam responsáveis pelo sustento da família. Alguns acompanham os filhos até os pontos de mendicância e ficam a distância, só acompanhando a movimentação. Os pais sem emprego e informações acham que é assim para sobreviver.

A que os jovens estão vulneráveis nas ruas? Onde se concentram os pedintes?

A maioria é do sexo masculino e na rua estão vulneráveis a riscos de rua como exploração econômica, assédio e exploração sexual, acidentes, raptos. A faixa etária de crianças e adolescentes mais freqüente é entre seis e 12 anos. A maioria concentra-se na Avenida Bezerra de Menezes, Centro da Cidade, Orla Marítima e Aldeota.

Que assistências são prestadas às famílias?

As famílias das crianças e adolescentes são visitadas. Conforme situação, são assistidos com cestas básicas, encaminhamentos para políticas de saúde, habitação, cidadania; engajamento na Bolsa Aprendizagem, podendo se estender. Todo um acompanhamento social é feito com visitas, palestras, oficinas, encaminhamentos, oficinas, cursos de capacitação.

Qual a diferença entre mendicância e trabalho infantil? Quais as punições?

Mendicância é a prática de pedir trocados, alimentos. Trabalho Infantil é quando estão vendendo bens como bombons, bolinhos, adesivos. Os adultos que incentivam essa prática estão sujeitos à punição, passando pela advertência e sentenças, como trabalho comunitário.

O que mais pode ser feito?

A sociedade poderia contribuir não dando esmolas. Os órgãos públicos podem efetivar políticas sociais que garantam a geração de emprego, condições de moradia, escola e creches que atendam a população e incentivar a capacitação e garantia do primeiro emprego aos jovens.

Fonte: diariodonordeste

12 de novembro de 2009

Vaidade Precoce


A criançada está cada vez mais precoce. A busca pela beleza começa a interessar inclusive aos baixinhos que treinam para ser gente grande. Unhas pintadas, maquiagem, cortes e mechas no cabelo são os novos "brinquedos", mas precisam ser monitorados pelos pais e, mesmo assim, sem exageros - é claro. É preciso ficar atento, o uso de cosméticos em crianças pode ser perigoso, mesmo que os produtos sejam especialmente desenvolvidos para eles.

“Devem ser evitados cosméticos que podem causar alergias, pois a criança tem a pele mais sensível é vulnerável a alguns componentes. Por isso é importante passar produtos adequados para cada faixa etária e ler sempre as recomendações do fabricante antes de utilizá-los”, explica o professor de cosmetologia, Maurício Pupo.

Segundo o professor, os hidratantes, sejam específicos para crianças ou não, devem ser usados somente com recomendação médica. “Dificilmente os neutros causam alguma reação alérgica. Entretanto, quando se trata de bebês e crianças, que têm a imunidade mais baixa e a pele mais sensível, o risco de reação é maior. Portanto, é essencial conhecer cada ingrediente que faz parte da composição do produto”, afirma.

Para as meninas o problema pode ser ainda maior. O uso de sandálias e sapatos com salto alto pode afetar a coluna. Em período de desenvolvimento a criança deve evitar esse tipo de calçado para não comprometer a saúde óssea. Para evitar maiores problemas, teste o produto antes de usá-lo. Assim, é possível perceber se a pele reage de forma inesperada contra as substâncias do cosmético.

“Infelizmente, muitos dos nossos cosméticos contém ingredientes que fazem mal à pele, porém eles estão disfarçados nos produtos que usamos todos os dias, sendo difícil sua identificação, pois os aromas e os corantes agradáveis distraem a atenção do consumidor”, finaliza o consultor.

Fique de olho...
- Prefira os cosméticos hipoalergênicos, sem álcool e sem perfume
- Verifique no rótulo se o produto têm registro do Ministério da Saúde
- Dê preferência para as embalagens lacradas e limpas
- Os esmaltes infantis com registro na Vigilância Sanitária são à base de água e devem ser removidos sem o uso de acetona
- Batons e brilhos labiais devem ter efeito temporário
- Utilize fixadores de cabelo em crianças a partir dos três anos de idade

Por natália vizza

Como exemplo dessa vaidade precoce temos:

Natália Stangherlin, 6 anos, venceu Little Miss World 2008 e 2009

Natália Stangherlin venceu o primeiro concurso de beleza aos 2 anos. Hoje, aos 6, ela já é conhecida pelo bicampeonato no concurso de beleza internacional Little Miss World, que conquistou no Equador.

"Para ela é como se fosse uma brincadeira, ela adora, mas para nós, os pais, é muito cansativo. Ela está agora estrelando algumas campanhas publicitárias e vai se dedicar aos estudos. A única coisa que eu posso garantir sobre o futuro da Natália é que ela não vai concorrer no ano que vem. Não queremos que ela fique presa ao título. Concurso de beleza de novo, não tão cedo",
Daniela do Amaral Stangherlin, 33 anos. (Mãe)




o FILME Pequena Miss Sunshine

Uma história de uma família que percorre o caminho de Novo México até a Califórnia em uma Kombi amarela, para levar a caçula para um concurso de beleza: "A pequena Miss Sunshine".

26 de outubro de 2009

Criança mimada denuncia preguiça dos pais.



















Falta de educação surge porque os adultos deixam de impor limites


Você já deve ter visto ou vivenciado a seguinte cena: no supermercado, uma criança se debate no chão, chora, berra, enquanto a mãe, em geral, costuma ficar bastante envergonhada com todos os olhares que se voltam para ela e para aquele pequeno ser tão sonoro, cuja vontade não foi prontamente atendida. O comportamento é típico de filhos mimados, encarados como um problemão. Mas como fazer para evitá-los? Boa parte da origem - e da solução - está nas mãos dos próprios pais.

O fato de um pai, uma mãe (ou ambos) mimar os filhos passa por diversos fatores e vai desde a superproteção até uma certa negligência. "Em vez de impor os limites e gastar energia discutindo com a criança, a saída mais fácil é atender seus desejos", diz a psicóloga Patrícia Spada, da Universidade Federal de São Paulo(Unifesp).

Outras questões que resultam na criança mimada incluem: a mãe com um alto nível de ansiedade, ou seja, com medo de que aconteça algo muito ruim para o filho; pais que demoraram muito para engravidar, e quando vem o bebê ele é tratado como um bibelô (algo frágil, que corre o risco de quebrar a qualquer instante) e a rivalidade entre o casal, levando-os a disputar o amor do filho mimando-o. O que também pesa é a imaturidade dos adultos por achar que uma criança bem amada é aquela que vai ter tudo que os pais não tiveram e um pouco mais, entre outros motivos.

Os efeitos do mimo
O mimo é a não colocação de limites claros e passar a atender a todos os desejos do filho, antecipar-se para que ele não se frustre, protegê-lo dos sofrimentos naturais e inerentes à vida. "São atitudes familiares que podem induzir a criança a ter um comportamento de risco não só na adolescência, mas ainda quando for uma criança maior", alerta a psicóloga Patrícia Spada.

Pais de filhos mimados tendem a ser super indulgentes e procuram até adivinhar qual deverá ser o próximo desejo da criança. Quando crescer, as chances dessa criança em não respeitar regras são enormes. Afinal de contas, ela foi criada como uma pequena "dona do mundo" - tudo que deseja ela tem, tudo que quer ela consegue.

"No futuro, eles podem desenvolver até um comportamento delinquente, quando muitas vezes se tornam líderes do grupo (pois foram tratados como autoridade ou realeza a vida toda), maltratando, prejudicando ou, no mínimo, desprezando os outros que não concordam com seu jeito de pensar e agir", ressalta Patrícia.

A Influência começa cedo
Desde o seu nascimento, o bebê está suscetível ao temperamento, às vivências positivas e negativas dos pais, aos modelos afetivos que eles tiveram, entre outros fatores que irão, certamente, influenciar e interferir no relacionamento pais e filhos.

Algumas atitudes dos pais podem, de fato, atrapalhar o desenvolvimento global adequado do filho, tais como: superproteção ou quando o contato com o filho é mantido de modo intenso e contínuo, seja dormindo com eles, amamenta-os durante bem mais tempo do que o recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (é essencial até o sexto mês de vida) e, principalmente, limitando o contato da criança com outras pessoas, ou com outros bebês.

De acordo com a especialista Patrícia Spada, são hábitos que impedirão o início da percepção do bebê de que o mundo não é somente a mãe ou o pai, mas está repleto de outros interesses - fato que pode deixar os pais bastante ameaçados em relação à perda do afeto do filho.

Outra atitude dos pais, frequentemente relacionada a abandono, mas disfarçada por comportamentos de total liberação, é a super permissividade, que consiste em fazer tudo o que o filho deseja, sem nunca colocar limites e nem posicioná-lo, explicando motivos de não poder fazer determinada coisa.

"No caso de bebês, uma situação que demonstra isto é quando os pais se adiantam aos desejos do filho, e prontamente tentam satisfazê-lo, não raramente, em relação à alimentação. Assim, a criança chora ou faz menção de reclamar e os pais, imediatamente, lhe dão comida, sem nem lhe dar a chance de perceber e sentir se está mesmo com fome ou não e conhecer seu ponto de saciedade", alerta Patrícia.

O poder do "Não"

É por volta dos dois anos de idade que a criança aprende a falar "Não". É uma descoberta natural, mas que por desconhecimento, os pais a enfrentam com receio de perder a autoridade e gera-se um círculo vicioso: a criança tenta se apossar de seus desejos e palavras recém-descobertas a fim de desenvolver seu mundo mental próprio ou sua identidade e, do outro lado, os pais temerosos não aceitam e muito menos compreendem esta fase e preferem eles dizer o "Não" a ficarem com a palavra final. É aí que começam os ataques dos pequenos. "A criança passa a ter verdadeiros ataques coléricos para se afirmar, cujo limite para a birra é uma tênue e frágil linha", acrescenta a especialista da Unifesp.

A idade crítica

Quando os pais não têm suas próprias questões emocionais bem elaboradas, é mais fácil que elas se confundam com as emoções do filho e, dessa forma, projetem nele seus desejos não realizados e suas frustrações. Por essa ótica, toda e qualquer idade é uma idade de risco para deseducar os filhos. "Cada uma das fases da vida exige dos pais atitudes firmes, afetuosas, e limites bem colocados evitando - ao máximo futuros transtornos de comportamento", alerta Spada.

O comportamento dos pais de não imporem limites para se livrarem do problema é uma situação mais comum do que se pensa. Em geral, os pais permitem que o filho faça tudo o que quiser com a condição de não incomodá-los. "É o que chamamos de superpermissividade e uma das consequências é a indisciplina da criança , diz a especialista.

Tem cura!
A reeducação sempre é possível, contanto que os pais realmente a desejem e estejam dispostos a arcar com as consequencias inevitáveis em função da mudança de atitudes, bem como com a resistência do filho em perder o trono (falso e prejudicial) no qual sempre viveu.

Geralmente, a escola chama os pais para orientá-los a procurar ajuda profissional, pois é no ambiente social do filho onde aparecem os desvios de conduta com mais frequencia. Outras vezes, os próprios pais percebem que tudo já está fora de controle e nem eles mesmos conseguem suportar mais tal situação. E é neste momento de coragem que podem procurar um profissional da área de psicologia para ajudar a criança a se desenvolver e aproveitar todas as suas potencialidades.

Confira abaixo as dicas da especialista Patrícia Spada para evitar a criança mimada em casa:
Quando a criança não aceita comer o que há na mesa e faz birra Resorver isto parte de uma boa comunicação da criança com os pais. O problema é que os lados não estão falando a mesma linguagem e, geralmente, há grande manipulação por parte da criança.

Há, de fato, o risco de a criança ficar sem comer, enfraquecida, vir a adoecer, e ela sente e percebe a insegurança e receio da mãe quanto a isso. Se a mãe não conseguir traduzir este clima emocional, será uma guerra de foice, pois ambos tenderão a mostrar ao outro quem é o mais forte e, é claro, a criança poderá estar em situação de risco.

Nestes casos, é indicado que a mãe converse muito com a criança, respeite-a em seu gosto alimentar, faça junto com ela alguns cardápios e insista, sem forçar, para que o filho experimente a comida, mas tenha a liberdade de escolher o que quer comer, mas contanto que coma algum dos ingredientes servidos.

Com o tempo, ele se sentindo respeitado como pessoa, sem ser forçado, sem sofrer violência (física ou psicológica), vai querer comer e passará a aceitar mais facilmente, em combinação com a mãe, o que quer que seja feito para se alimentarem.

Para que os filhos saibam reconhecer o valor material e o esforço dos pais para conquistá-las
Conversar sempre demonstrando sem cobrança o quanto é necessário para um adulto se esforçar para ter dinheiro; - Ajudar o filho a administrar sua mesada ( se a receber), deixando-o decidir pela forma que quer usá-la, mas também arcando com as consequências - quando a criança gastar tudo o que tiver. O adequado será que ela possa esperar e juntar o dinheiro todo novamente, aprendendo a esperar, a lidar com a frustração e reconhecer o amor dos pais por ele. - Não é saudável dar presentes para o filho o tempo todo.

É preciso que ele saiba a importância da economia regrada (e não exagerada), bem como a importância de os pais lhe pedirem opiniões sobre o que ele pensa que poderia ajudar para melhorar o orçamento da família.

Para que os filhos entendam o valor das amizades e a importância de compartilhar
Este é um valor que certamente começa em casa. Não é a mãe obrigando o filho a emprestar seu brinquedo favorito para o amiguinho que desenvolverá nele o sentimento de solidariedade ou de partilha. É natural que as crianças passem pela fase de não querer dividir nada do que é seu com nenhum amigo e, neste caso, é importante que a mãe e o pai respeitem e compreendam a posição e a emoção de seu filho e deixem que ele aprenda a lidar com as consequências de sua atitude.

Se os adultos estiverem emocionalmente bem, tranquilos e confiantes na educação que estão dando à criança, tudo não passará de mais uma fase conturbada e turbulenta, que quando acompanhada de perto pelos responsáveis pela criança, tende a se acalmar com o tempo.


Para evitar os ataques de choro e crises dos pequenos quando algo não sai como eles querem

Muitas vezes os ataques de choro e as crises não devem ser evitadas, justamente pela importância que a elas compete. Nenhum ser humano consegue tudo que quer na hora que quer e quando os pequenos percebem que eles também não são poderosos, - pois não só as coisas não são como querem como também não conseguem com que os pais atendam a seus desejos incondicionalmente - é o momento ideal para que devagar possam ir entrando em contato com a realidade e elaborar este sentimento de onipotência , tão natural e esperado nos filhos. É interessante salientar que, em geral, as crises de choro e de birra, muitas vezes, mais deixam os pais envergonhados - pela possível opinião dos outros (que nem se quer os conhece) de que não são bons pais, do que preocupados com a saúde emocional e mental ou desenvolvimento saudável do filho.

Fonte: Yahoo!

14 de outubro de 2009

O mês das crianças e o consumismo infantil



Superando até o período natalino, o Mês das Crianças é a época campeã de anúncios publicitários voltados diretamente ao público infantil. Normalmente concentrados entre os intervalos dos programas infantis, neste período eles podem ser assistidos a qualquer hora na tevê aberta. A publicidade se aproveita de um sistema de culpa e recompensa para estabelecer-se de maneira eficaz.

Culpa que existe na consciência de pais que não encontram maneiras de passar um tempo significativo com os filhos, por conta de rotinas atribuladas de trabalho. Diante dessa triste situação, a primeira saída que visualizam é uma permissividade altamente nociva, que não encontra meio termo entre o necessário e o supérfluo. Levados por esse sentimento acabam por tentar suprir a carência dos filhos com bens materiais.

As crianças, neste meio, acabam por absorver uma noção errada das relações pessoais, associando presentes e recompensas materiais a demonstrações de afeto. No topo desta construção torta temos o comércio, que, através da publicidade televisiva e do licenciamento de produtos estampados com os mais diversos personagens de desenhos animados, causa em seu público-alvo uma sensação de necessidade em adquirir o produto anunciado.

A idéia é ter tudo do seu personagem favorito, um incentivo para aumentar as notas na escola, um objeto pra fazer inveja nos amiguinhos… O que acaba também por estimular um tipo de competição não saudável para a idade (e, pra falar a verdade, em idade alguma). Começando pelos pais, não devemos buscar saídas fáceis para suprir a carência emocional dos nossos filhos, com grande risco de conseqüências desastrosas.

O melhor sempre foi encarar a realidade dos momentos escassos e procurar estabelecer uma relação de trocas afetivas saudável, já que a quantidade de tempo que passamos com nossos filhos não é diretamente proporcional à qualidade da relação que temos com eles. Feito isto, vem o trabalho mais difícil: desconstruir a idéia que a criança adquiriu, dos próprios pais e de outros em seu círculo de convivência, sobre a validade de trocas afetivas mediadas por bens materiais.

Para tanto, necessitamos tanto pais quanto educadores, estar atentos a tudo que a criança tem acesso e que contribui para tais atividades consumistas. Começando por diminuir o seu tempo em frente à tevê e incentivando, por exemplo, a prática de esportes e a interação com outros da sua idade. E mantendo desde cedo conversas eficazes, que sempre estarão permeadas por perguntas do tipo – Por que você quer isso? Você realmente precisa disto? Assim daremos passos essenciais para a formação de pessoas que não construirão sua personalidade baseadas naquilo que consomem, e que tampouco responderão de maneira automática a estímulos d
e compra, educadas para um consumo sempre consciente das suas necessidades reais.

Por Gerusa Silva

Apoiada totalmente, acho que mais importante que o presente (não tirando os créditos do presente, pois ele também tem sua parcela de importância) seria a presença dos pais ao lado da criança. E para simbolizar essa publicidade coloquei o vídeo do PA, PÈ, PIO das lojas Casa Pio que já está há anos com o mesmo jingle e não perde sua eficácia.

13 de outubro de 2009

Feliz Dia das Crianças.














"A melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las felizes."
(Oscar Wilde)


Dia das Crianças no Brasil

A criação do Dia das Crianças no Brasil foi sugerido pelo deputado federal Galdino do Valle Filho na década de 1920.Arthur Bernardes, então presidente do Brasil, aprovou por meio do decreto de nº 4867, no dia 5 de novembro de 1924, a data de 12 de outubro como o dia dos pequenos.

O Dia das Crianças só passou a ser comemorado mesmo em 1960, quando a fábrica de brinquedos Estrela fez uma promoção junto com a empresa Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas.A idéia das duas empresas deram tão certo que outros comerciantes resolveram adotar a mesma estratégia. E assim, dia 12 de outubro é dia de criança ganhar presente!

E é por isso, por querer ganhar "apenas" brinquedos que as crianças de Fortaleza saíram às ruas com suas flanelas a mão para limpar vidros de carro com a esperança de ganhar algo. Esquece-se das brincadeiras, da criatividade de fazer algo diferente para driblar a falta de recursos, do carinho, do amor. O importante é fazer uma criança feliz, proporcionando tudo o que lhe é de direito. Não nego a importância de um brinquedo para uma criança, mas não fazer dela algo maior que tudo.


8 de outubro de 2009

Ministério Público condena vilã mirim em Viver a Vida


A vilã mirim Rafaela, interpretada pela menina Klara Castanho, de apenas oito anos, pode ser afastada da novela "Viver a Vida" (TV Globo). O Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro enviou uma notificação ao autor Manoel Carlos, recomendando que a personagem seja repensada, ou novas ações na Justiça poderão ser tomadas.

Na história, Rafaela é filha de Dora, personagem da atriz Giovanna Antonelli. Não é a primeira vez que o autor tem problemas com a Justiça por conta de atores menores de idade em suas tramas. Em 2000, um juiz proibiu que crianças atuassem em "Laços de Família" por considerar que a novela contava com muitas cenas de sexo e violência.

No caso da personagem de "Viver a Vida", as procuradoras Maria Vitória Sussekind Rocha e Danielle Cramer avaliam que "nem todas as manifestações artísticas são passíveis de serem exercidas por crianças e adolescentes". "O trabalho infantil artístico deve ser comedido, observando não só os aspectos legais, mas principalmente eventuais reflexos que determinado personagem pode provocar no desenvolvimento da criança", afirmam na notificação.

Para as procuradoras, "no caso em questão, uma criança de oito anos não tem discernimento e formação biopsicossocial para separar o que é realidade daquilo que é ficção. Isso sem contar com as eventuais manifestações de hostilidade que ela pode vir a sofrer por parte do público e não compreendê-las".

O Ministério Público recomenda ainda que o autor Manoel Carlos observe, na elaboração dos seus personagens menores de 18 anos, a harmonização entre o trabalho infantil artístico e a fixação de parâmetros que protejam minimamente o exercício das atividades.

Fonte:Yahoo!Brasil

4 de outubro de 2009

2 de outubro de 2009

Revista Sesc


A Revista Sesc: Toda criança merece ser feliz, está na sua 33º edição e neste mês trouxe como tema a criança. A revista aborda a violência e a criança, contém a agenda Sesc, tem entrevista com a advogada Leila Paiva, reportagem sobre bullying e muito mais, vale a pena conferir!

Gibi Turma da Mônica em: O Estatuto da Criança e do Adolescente



No Site do Promenino está disponível o Estatuto da Criança e do Adolescente em forma de Gibi da Turma da Mônica. Super divertido e com linguagem fácil e atraente para crianças e adolescentes lerem e ficarem informados sobre seus direitos.

Menos carros, menos poluição, mais saúde.


Seminário debate necessidade de informar a população sobre os impactos negativos do uso do automóvel

O mapa do Estado de São Paulo apresenta uma característica própria quando são analisados alguns dados relativos à saúde: as regiões mais poluídas são as mesmas em que acontecem mais mortes por doenças respiratórias e onde é maior o Índice de Desenvolvimento Humano. E isso não é mera coincidência. “Isso significa que o desenvolvimento urbano não está sendo sustentável”, afirmou Vera Lucia Allegro, gerente de Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, durante o seminário “O impacto da poluição na saúde pública”, realizado em São Paulo. O seminário foi uma das atividades do Dia Mundial sem Carro promovidas por um coletivo de organizações, entre elas o Instituto Akatu.

De acordo com estudos do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP, a poluição é a causa indireta de 20 mortes por dia somente na região metropolitana de São Paulo. O motivo é que os poluentes prejudicam principalmente as crianças e os idosos, além de agravar doenças cardíacas e respiratórias. E, em todo o mundo, as doenças cardiovasculares, como infartos e acidentes vasculares cerebrais, são a principal causa de morte e de internações hospitalares, como informou Antonio Carlos Chagas, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Automóveis, ônibus e caminhões são a principal fonte de poluição nas cidades. A situação só não é pior graças ao Proconve, o programa de controle de emissão de poluentes que está em vigor há duas décadas. “Entre 1995 e 2005, a redução da poluição poupou 15.000 mortes prematuras em São Paulo”, calcula Paulo Saldiva, coordenador do estudo sobre poluição da USP.

Motorizados, porém lentos.
Tantos veículos nas ruas, não apenas sujam o ar, mas provocam danos à saúde e não resolvem o problema da mobilidade urbana nem tornam mais fácil a vida das pessoas. “Atualmente, em São Paulo, a velocidade média dos automóveis é 9,7 km/h, enquanto uma pessoa a pé vai a 5 km/h”, disse Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu.

De fato, no 4º Desafio Intermodal, realizado na semana anterior ao Dia Mundial sem Carro, a bicicleta foi o meio de transporte mais rápido entre um bairro da Zona Sul de São Paulo e o centro da cidade, em meio ao trânsito pesado das seis da tarde. A bicicleta campeã cumpriu o trajeto em 22 minutos. O motorista de um automóvel ficou na 12ª colocação, gastando 82 minutos no percurso — mais do que os 71 minutos de quem foi de ônibus e só um pouco mais rápido do que a pessoa que foi a pé, que levou 92 minutos.

Para Helio Mattar, as pessoas dificilmente relacionam o uso do automóvel aos impactos que ele provoca, como o aquecimento global causado pela emissão de CO2 e as mortes decorrentes da poluição. “Por isso, é importante a educação para o consumo, mostrando às pessoas que todos somos afetados por nossas escolhas e que as atitudes de cada um de nós têm grande impacto”, ressaltou.

Se o consumidor tivesse mais consciência dos impactos negativos do uso do automóvel, poderia ao menos escolher aqueles que poluem menos — desde que tivesse informações para isso. Para o consumidor brasileiro, entretanto, obter essas informações é uma tarefa quase impossível, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Falta informação sobre emissão de poluentes.
A pesquisa, apresentada por Lisa Gunn, coordenadora executiva do Idec, buscou informações sobre eficiência energética (ou menor consumo), emissões de gases poluentes e emissões de gases de efeito estufa dos automóveis. Foram investigados todos os canais disponíveis ao consumidor: site das montadoras, SAC telefônico e online, manual do proprietário, concessionárias e material publicitário nos pontos de venda. Além disso, foram enviados questionários às montadoras presentes no Brasil: GM, Citroën, Fiat, Ford, Honda, Hyundai, Nissan, Peugeot, Renault, Toyota e Volkswagen.

O resultado mostrou que o consumidor tem pouquíssimas informações disponíveis sobre consumo de combustível e emissão de poluentes pelos automóveis. Nenhuma montadora apresenta essas informações no site, nem as divulga por meio do SAC. E nenhuma respondeu ao questionário enviado pelo Idec. Veja aqui o resultado completo da pesquisa.

“Dizemos que o consumidor tem de mudar seus hábitos de consumo, que ele tem de optar por comprar ou não um carro em função dos seus impactos sobre a saúde, mas ele não tem instrumentos para isso”, afirmou Lisa Gunn. “O desafio é: como se pode evoluir para levar ao consumidor essas três informações fundamentais?”

O seminário contou ainda com a presença de Eduardo Jorge (secretário municipal de Verde e Meio Ambiente de São Paulo), Alfred Swarc (da consultoria ADS Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável), Claudio Alonso (da CETESB) e José Eduardo Ismael Lutti (promotor de Justiça do Meio Ambiente da Capital).

À mesa de debates, duas cadeiras vazias representavam os ausentes. Uma delas pertencia à Petrobras, que foi convidada, mas decidiu não enviar nenhum representante. A outra cabia às montadoras de veículos: Ford, GM, Mercedes-Benz, Volkswagen e Fiat declinaram os convites, e Scania e Volvo nem responderam.

Um ponto importante a favor da Fiat foi que, embora não estivesse presente ao seminário, enviou carta afirmando não apoiar o projeto de lei em debate no Senado para permitir que veículos leves tenham motores a diesel. Oded Grajew, do Movimento Nossa São Paulo, apontou que esta decisão do Senado seria desastrosa, pois “o diesel de muito má qualidade fornecido pela Petrobras estaria ainda mais presente como contaminante do ar nas grandes cidades”.

Fonte: Instituto Akatu
Por Fátima Cardoso

28 de agosto de 2009

O consumo de carros no Brasil



O Crescimento populacional aumenta cada vez mais e é um desafio para o Brasil. Vendo o episódio do Pica-Pau “Auto-estrada fracassada” no qual em seu início ele começa falando do crescimento da população e de suas estradas parei para pensar em como o trafego de carros está cada vez mais difícil.

Lembro-me que no início da faculdade em 2005 eu chegava à instituição em apenas 15 minutos. Estacionar era fácil, não tinha de me preocupar se estivesse que chegar atrasada a aula. Hoje em 2009, desenvolvi várias estratégias para chegar à faculdade no horário. Descobri o caminho mais rápido,saio as 6:00 horas em ponto com meu mp4 a tira colo para não me estressar com tanto carro. Pego um engarrafamento de 30 minutos e chego então as 6:30, o estacionamentos já está lotado, as melhores vagas então não precisa nem falar o que acontece.

O aumento do consumo de carros no Brasil fez com que o país se encontre entre os cinco mercados que estão tendo crescimento nas vendas mundialmente este ano. Dos 19 principais mercados globais, apenas cinco tiveram aumento no percentual de vendas. Com 4.319.304 veículos vendidos, a China lidera com um crescimento de 24,3% em relação a 2008. Logo depois, a Alemanha em com 2.144.979 unidades emplacadas, um aumento de 22,6%. Em terceiro lugar aparece o Brasil, que até agora comercializou 1.393.893 unidades, que representam um aumento de 4,2% no primeiro semestre. Depois vêm a Índia e a Turquia, com 918.813 e 272.171 unidades, respectivamente.

Hoje, o carro é a maior doença urbana além de contribuir para o aquecimento global ele causa cerca de oito mortes diárias por acidentes de trânsito e doenças respiratórias. O ecossistema é mesmo a grande vítima dos automóveis. Gases nocivos emitidos pelos veículos, como monóxido de carbono e hidrocarbonetos, afetam o ciclo de vida das plantas, que começam a florir antes do tempo. "Noventa por cento da poluição da cidade vem dos carros", conta Helio Mattar, presidente da ONG Instituto Akatu pelo Consumo Consciente”.

Imaginem então quando o carro mais barato do mundo chegar ao Brasil? Pois é, o Tata Nano, automóvel em fase de desenvolvimento pela marca indiana Tata, deverá ser sim ser vendido no país segundo comentou o presidente da empresa Ratan Tata à revista Exame. Para quem não sabe, o modelo promete ser o mais barato do mundo, custando algo como US$ 2 500 ou R$ 5 000, sem os impostos. O protótipo que foi apresentado em janeiro de 2008 num salão de automóveis indiano.

E imagine agora um carro de R$ 5 000 com redução de IPI! Bom, acho melhor comprar uma casa bem pertinho do emprego para poder ir a pé mesmo.


10 de agosto de 2009

O fim das dúvidas sobre sexo em adolescentes


No Altas Horas que vai ao ar toda madrugada de sábado, Laura Muller tira sobre dúvidas de sexo do público. Em em seu site super interessante ela fala sobre sexo para adolescentes, adultos e terceira idade. Tem link para ver os vídeos do Altas Horas, Perguntas e respostas, Chat e bate-papo, fale comigo entre outra. Vale a pena conferir.
Laura Muller é psicóloga clínica, especialista em sexualidade pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (Sbrash) e comunicadora social. É professora convidada dos cursos de pós-graduação em Educação e Terapia Sexual da Unisal (Universidades Salesiano), Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) e FMABC (Faculdade de Medicina do ABC).
Dá palestras, cursos e aulas em todo o Brasil em escolas, empresas, congressos científicos e outros espaços para eventos, sobre temas variados do universo masculino e feminino. Escreve quinzenalmente a coluna "Sexo sem Neuras" para o site iGirl, do portal iG.
É autora dos livros “500 Perguntas Sobre Sexo do Adolescente – Um Guia Para Jovens, Educadores e Pais” e “500 Perguntas Sobre Sexo – Respostas para as Principais Dúvidas de Homens e Mulheres” (editora Objetiva).


4 de agosto de 2009

Turma da Mônica em: Água boa pra beber!



O site da Turma da Mônica disponibiliza vários quadrinhos online. Uma que achei bem legal foi a historinha “Água pra beber”. Na introdução uma breve explicação sobre tudo o que vai rolar, os conceitos básicos de como tomar água e consumir alimentos, higiene e a importância da água para o mundo e ser humano. A historinha conta com o apoio do da OPAS/OMS, FUNASA/MS, AIDIS, ABES,CCC, CLOROSUR.
Clique AQUI e veja os quadrinhos.



2 de agosto de 2009

Escolas públicas terão cardápio mais saudável.

Os alunos das escolas públicas de todo o Brasil vão encontrar um cardápio diferente quando voltarem às aulas. Por causa da gripe suína, as aulas foram adiadas em muitas cidades. E quando os alunos voltarem para as escolas públicas, vão encontrar um cardápio diferente nas merendas.

A merenda escolar terá que ser mais saudável. Uma resolução do Governo proíbe refrigerantes, sucos e outras bebidas artificiais no cardápio dos alunos das redes públicas estadual, municipal e federal. A compra de produtos enlatados, semiprontos e doces será limitada. Os cardápios ainda deverão conter frutas e hortaliças pelo menos três vezes por semana e terão de ser diferenciados para cada faixa etária dos alunos.

A grande preocupação é aumentar o consumo de vitaminas, minerais e fibras. Mesmo nas escolas onde nutricionistas já cuidam da merenda, há um balanceamento da energia e das calorias, mas as vitaminas, minerais e fibras são deixadas de lado.

Não nos esqueçamos das escolas particulares em que algumas ainda têm na cantina alimentos ricos em gordura e que não mantêm hábitos saudáveis. Além da educação das crianças, os pais precisam ter uma atenção maior no tipo de alimento que seu filho está consumindo. A escola deve estar sintonizada com os pais no sentido de reforçar e incentivar os hábitos saudáveis e a importância da alimentação, e com isto colaborando para um rendimento escolar mais adequado.

Os hábitos saudáveis de alimentação devem ser incentivados e praticados desde a mais tenra idade. É nesta fase da vida que as crianças para darem conta do desenvolvimento (cognitivo, motor, físico), necessitam de substâncias (proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e sais minerais) contidas nos alimentos. Quando o consumo destes nutrientes é adequado (isto é, ajustado às necessidades individuais), as crianças terão um melhor desempenho escolar e uma maior facilidade de assimilação dos conhecimentos. Com isto o entendimento é maior e o aprendizado se dá de uma forma bem natural e com muita satisfação.
A alimentação equilibrada favorecerá também para prevenir uma série de doenças, como também favorecer o crescimento adequado.


Veja video com reportagem do Jornal Nacional 01/08/2009


30 de julho de 2009

Campanha "Azul" do Instituto Meta Social- 2008






Campanha "Carlinhos" do Instituto Meta Social- 1998



Em 1998 foi realizada outra campanha pela DM9DDB, desta vez pela dupla de criação Borghi e Erh, nos mesmos moldes e com os mesmos objetivos da primeira. O comercial em que o menino Carlinhos, com síndrome de down, aparece ao lado de um outro menino num carrossel, ficou registrada na mente de toda uma geração e foi premiado com o Leão de Bronze no festival de Cannes, em Nova York e profissionais do Ano da Rede Globo.


29 de julho de 2009

Instituto MetaSocial

O Instituto MetaSocial é uma organização não-governamental sem fins lucrativos direcionada para o desenvolvimento de projetos de informação e busca de parcerias junto ao meio acadêmico e empresas, visando a inclusão da pessoa com deficiência.
O IMS não recebe verbas governamentais, não possui sede e não faz atendimento direto ao público. Usando a força da mídia de forma positiva e dinâmica, o Instituto realiza e participa de campanhas e eventos com o objetivo único de informar a sociedade sobre as potencialidades e capacidades dessas pessoas.
A cada ação, uma onda de conscientização vai se formando, permitindo que novos espaços sejam conquistados.Com parceiros como Instituto Maurício de Sousa o Instituto MetaSocial tem como visão mudar a sociedade tornando-a inclusiva por natureza, na qual todos sejam respeitados nas suas diferenças.
A sua missão é promover e disponibilizar o conhecimento sobre as pessoas com deficiência para sociedade, tornando-a mais inclusiva através de ações positivas e inovadoras, buscando uma mudança de comportamento com relação as diferenças.
Acesse o site do Instituto MetaSocial e saiba mais.
No Link Portal de Dados você pode enviar uma foto e ao passar o mouse vê como você seria se tivesse sindrome de down é bem interessante e vale a pena conferir.




24 de julho de 2009

Em 16 anos, Projeto Adoção do Centrinho favorece histórias com final feliz



Em meados da década de 60, um grupo de professores realizou uma pesquisa, na cidade de Bauru/SP, e detectou que a cada 650 crianças nascidas uma apresentava malformação congênita labiopalatal. No início de 1967, impulsionados pelo resultado da pesquisa, profissionais da FOB - Faculdade de Odontologia de Bauru - começam a dar atendimento por meio de um serviço integrado de ensino, pesquisa e assistência social. Assim nasceu o Centro de Pesquisa e Reabilitação de Lesões Lábio-Palatais, nas dependências da própria Faculdade.

Em 1998, o "Centrinho" recebeu nova denominação, em vigor até hoje: Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP, devido à ampliação do seu campo de atividade. Durante essas décadas, a instituição colecionou conquistas e beneficiou as pessoas que mais motivaram toda essa história: os seus pacientes. Hoje, o Hospital, formado por uma equipe multidisciplinar altamente qualificada, tem mais de 56 mil pacientes matriculados e presta atendimento a pessoas de todos os lugares do Brasil e Exterior. Também é reconhecido como centro de excelência dentro e fora do País.

Uma Iniciativa do Centrinho, desenvolvida pela assistente social Regina Célia Valentim desde 1991, intermediou 18 casos de adoção de crianças com fissura labiopalatal. Com 18 histórias de adoção bem-sucedida em 16 anos de trabalho. Os casos chamam a atenção por contrariarem o perfil ainda perseguido pela sociedade brasileira, já que as crianças adotadas têm fissura labiopalatal.

Criado em 1991, o Projeto Adoção tem por objetivo encontrar um lar para bebês nascidos com anomalias craniofaciais. “Tomamos conhecimento dessas crianças por meio dos cuidadores que as acompanham no tratamento oferecido aqui no Centrinho”, conta a assistente social Regina Célia Valentim. Segundo ela, a partir do primeiro caso, surgiu a idéia de criar um cadastro de candidatos interessados em adotar esses bebês. “Por incrível que pareça, sobram interessados. Felizmente, não temos notícias de muitos bebês com fissura abandonados”, conta. De seu início até hoje, o projeto já intermediou - e ainda acompanha - 18 casos de final feliz. “Há pacientes que foram morar no Sul, outros em países como os Estados Unidos e todos estão muito bem”, informa. No momento, o Projeto Adoção do Centrinho tem cadastrados quatro casais que aguardam pela chegada de um bebê. Três deles já têm filhos biológicos e adotivos com fissura. “É inexplicável. O amor desses pais é incondicional e extrapola explicações racionais”, conclui Regina.

Para saber mais sobre adoção de crianças do Centrinho Clique Aqui.
Para se cadastrar para adotar e fazer uma criança feliz Clique Aqui.


Universo da Adoção




Há um universo de maneiras para lidar com a adoção, não há certa ou errada. O principal problema dos pais é o de contar a verdade a criança porque eles não sabem o que e como falar e seu principal medo é a reação do individuo depois da tal revelação.

Por conta de muitas reações ou decepções alguns pais acham que não é necessário contar, pois, o que importa é o amor que sentem por ele como se fosse um filho do mesmo DNA. Quando criança é a melhor hora para a revelação, pois é nesse momento que ela faz perguntas sobre sua origem, e à medida que vai crescendo a sua compreensão cresce junto, as perguntas aumentarão e qualquer resposta não as satisfará. O pai, por ser mais racional consegue revelar com mais facilidade que o filho é adotivo do que a mãe que se envolve mais afetivamente. E a verdade costuma ser sempre um bom caminho, pois segredos como este dificilmente será mantido eternamente.

“Cada criança pergunta conforme sua curiosidade e capacidade. Volta a perguntar mais tarde enquanto não estiver satisfeita com a resposta. É natural que ela queira saber de onde veio.” Içami Tiba


Quando se sabe desde pequenininha sobre sua origem chegará uma hora em que ela vai entender, será um momento muito difícil aonde virá raiva, revolta, tristeza e também gratidão pelos pais adotivos, mais raiva dos pais biológicos, a busca do porque, enfim, uma maré de sentimentos. Os pais devem ter paciência, confiança e esperar o momento do filho se situar diante aquela notícia que nenhum filho quer ter.

Alguns argumentos cruéis podem surgir como a indiferença dos outros irmãos e de outras pessoas que são da família. “Vou embora de casa!” ou “ Você me trata assim porque sou adotado!” são algumas armas ameaçadoras contra os pais para conseguir o que quer, esse é o ponto fraco.

Os pais têm que ser bem firmes para enfrentar esse tipo de situação onde na juventude ela será mais presente. Não é através de chantagens que se pode conseguir algo e não é por ser adotivo que se tem direito a tudo, como se fossem suprir necessidades. Os pais não podem ser levados por isso com medo de contrariar a criança, tudo deve ter limites, ter educação.

Uma criança educada corretamente será mais feliz e saberá enfrentar o mundo que lhe certa facilmente. A adoção é um gesto maravilhoso e ao serem adotadas passam a ser filhos de coração o que muda será apenas o DNA.

Fonte: Quem ama,Educa!Formando cidadãos éticos. Içami Tiba. Editora Integrare

13 de julho de 2009

Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA



Baixar Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA

19 Anos do ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente.



Hoje o Brasil está comemorando o 19º aniversário do ECA Estatuto da Criança e do Adolescente. Esse excepcional instrumento de nosso ordenamento jurídico conquistou, em suas quase duas décadas de existência, respeito e admiração internacionais e nos impõe desafios fundamentais para sua percepção pela sociedade e pelo Estado.

Desde a Declaração de Genebra, em 1924, assegurar os direitos de crianças e adolescentes passou a interpor as discussões internacionais. Só após a Segunda Guerra, com a criação da ONU e da Unesco, na década de 1950, os países propenderam-se sobre o tema. Em 1959, as Nações Unidas aprovam a Declaração Universal dos Direitos das Crianças. Em 1979, instaura-se uma grande campanha em nível internacional que vai culminar, dez anos depois, em 1989, na aprovação em Assembleia Geral da ONU da Convenção sobre os Direitos das Crianças. No ano seguinte, em 1990, o Brasil sanciona o Estatuto da Criança e do Adolescente, marco histórico para a defesa de nossa sociedade, incorporando assim a Doutrina da Proteção Integral dos Direitos das Crianças e Adolescentes.

Instituído através Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, o ECA dotou governos e sociedade de instrumentos legítimos que conduzem e dão suporte ao exercício e defesa da plena cidadania das crianças e jovens brasileiros. No entanto, propor uma profunda mudança cultural é um desafio para várias gerações. Inaugurar este novo paradigma social lança sobre cada um de nós a grande responsabilidade de perpetuá-lo, divulgá-lo e aprimorá-lo, dia a dia, para que o presente e o futuro possam colher os louros e os frutos dessa conquista nacional.

E em homenagem aos 19 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)no dia 02 de Julho de 2009 a Assembléia Legislativa do Estado do Ceará realizou uma sessão solene. O presidente da Assembléia, deputado Domingos Filho (PMDB), ressaltou o papel fundamental do ECA como um marco legal para a proteção e garantia dos direitos da criança e do adolescente. Ele fez um histórico da conquista dos direitos humanos e falou da importância do desenvolvimento da criança para a melhoria da sociedade. Saiba mais: Blog TV Assembléia
Mais notícias: Jornal O Estado


12 de julho de 2009

SOCIEDADE DE CONSUMO



CRIANDO NECESSIDADES

Para ajudar nas mudanças dos hábitos da população, as indústrias, empresas de produção de bens, tais como alimento ou vestuário, contam sempre com as empresas de prestação de serviços, mais especificamente com os meios de comunicação de massa (jornais, redes de televisão e emissoras de rádio). Essas empresas têm o poder de criar necessidades de uso de novos produtos, sobretudo por meio das propagandas. A associação entre esse modelo de produção em série, adotado peIas indústrias, e as empresas de prestação de serviços caracterizam uma nova sociedade: a sociedade de consumo. Esse termo designa a atual sociedade moderna, urbana e industrial, dedicada à produção e aquisição crescentes de bens de consumo cada vez mais diversificados.
Para a sobrevivência dessa sociedade é essencial que sejam criadas necessidades de uso de novos produtos, pois, logo que um produto aparece no mercado, ele deve ser consumido intensamente e em seguida substituído por outro. Contudo. como não conhecemos tal produto nem estamos habituados a usá-Io. e muitas vezes nem sequer necessitamos dele, é preciso que se faça criar em cada um de nós a necessidade de consumi-lo(...)
Para adquirir um bem, precisamos achar realmente importante possuí-lo. Nesse processo, a formação da opinião pública realizada pelos meios de comunicação, comandados por um número pequeno de pessoas que decidem o que vamos escolher, possuir e usar - colabora de forma vital para a criação de necessidades de uso de novos produtos. Assim, não é a tecnologia que atende às necessidades, como os meios de comunicação de massa geralmente nos fazem crer. e sim as necessidades é que são criadas para atender à crescente produção e à elaboração cada vez mais diversificada dos bens de consumo. Esse processo de formação de opinião ocorre quando a opinião - que cada um possui como coisa exclusiva e genuína -,é induzida, ou influenciada, pelos jornais, tevês e outras formas de comunicação de massa.
Então, em que a produção de bens de consumo difere da produção artesanal? As diferenças não ficam só nas mudanças dentro da fábrica, nas mudanças do artesão para o operário, nas mudanças do poder de decisão do artesão para o proprietário da indústria. Há também uma mudança no usuário final do produto, ou seja, no consumidor.
Ao adquirir um bem produzido em série, o consumidor nada sabe sobre quem o criou e não tem com ele vínculo cultural ou afetivo, como ocorreria, por exemplo, com um objeto de arte.

FELICIDADE VERSUS SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES

O ser humano sempre buscou a felicidade: as empresas, o lucro. Será que elas vendem felicidade? É isto que os meios de comunicação de massa parecem nos dizer: “quem tem mais, é mais feliz”
Paralelamente, dados de uma curiosa pesquisa revelam que as classes detentoras de maiores posses, em qualquer sociedade moderna, estão mais satisfeitas com as suas vidas do que as classes menos ricas.
A mesma pesquisa. Entretanto, também mostra que nos países ricos, essas classes detentoras de maiore posses não estão mais satisfeitas do que as classes mais ricas de muitos países pobres; nem tampouco estão mais satisfeitas do que as classes mais ricas estiveram em um passado menos rico.
Em outras palavras, a satisfação trazida pelo dinheiro parece vir não do fato de simplesmente possuí-Io, mas sim de possuir mais do que os outros. Numa sociedade de consumo, ter dinheiro significa poder consumir e é sinônimo de busca de felicidade e status.
A compra de um produto tido como importante pelo grupo social ao qual o consumidor pertence produz uma imediata sensação de prazer e realização e geralmente confere status e reconhecimento a seu proprietário. Também, conforme a novidade vai-se desgastando, o vazio ameaça retornar. Quando isso ocorre, a solução padrão do consumidor é se concentrar numa próxima compra promissora, na esperança de que a satisfação seja mais duradoura e mais significativa.
A sensação de vazio que se apossa do consumidor é um dos dois aspectos do individualismo e isolamento que o caracteriza: contrapondo-se ao vazio interior,
está a aparência de segurança e de realização.
Esse mundo fantástico de satisfação das necessidades de aceitação social, de realização pessoal e mesmo de conforto físico, mediante o consumo constante, é elaborado pelos meios de comunicação de massa e pela indústria de propaganda. Assim, um indicador claro do sucesso do consumismo é a propaganda.
Essa verdadeira indústria foi uma das que tiveram o mais rápido crescimento durante a última metade do século XX: os gastos mundiais totais com propaganda aumentaram de US$ 39 bilhões em 1950 para US$ 237 bilhões em 1988, crescendo até mesmo mais rapidamente que a produção econômica mundial no mesmo período.
Nesse período, os gastos mundiais per capita com propaganda triplicaram: de US$ 15 para US$ 46. Nos Estados Unidos, onde os gastos com propaganda são imensos, houve um aumento de US$ 200 para US$ 500.
Com tal quantidade de propaganda disponível para ser vista, lida e ouvida, os adolescentes norte-americanos assistem 22 horas de televisão por semana, sendo expostos em média de 3 a 4 horas semanais de propaganda na tevê, acumulando 100 mil anúncios entre seu nascimento e sua graduação no estágio equivalente à oitava série do primeiro grau. Essa informação preocupa os educadores, pois, ao contrário das atividades lúdicas infanto-juvenis, a passividade exigida pela tevê não prepara a criança para o aprendizado.
Como numa sociedade de consumo sempre haverá por mais que consumamos um novo produto, ou uma nova tecnologia a ser lançada. melhor do que a que acabamos de consumir, somos obrigados a conseguir mais dinheiro para satisfazer nossas novas “necessidades". É essa a engrenagem principal que faz a economia girar e que torna ilusória a busca da felicidade por meio do consumo.
Isso tudo nos faz questionar: de quem é verdadeiramente a necessidade que estamos atendendo como consumidores?

SOCIEDADE DE CONSUMO: SIM OU NÃO?

À primeira vista a sociedade de consumo parece ser a sobreposição de duas realidades. Uma mostra os produtos ligados à boa qualidade de vida, tais como as vacinas, os antibióticos, o tratamento da água e do esgoto, os marcapassos cardíacos e o aquecimento de ambientes nos países com inverno rigoroso. A outra mostra a poluição do ar e das águas, principalmente nas regiões mais industrializadas, a mão-de-obra muito barata nos países do terceiro mundo. como o Brasil, onde a maior parte da população trabalha desde a infância até a morte, sem higiene. Saúde, abrigo e alimentação adequados à dignidade do ser humano,
Essas duas realidades dividem as opiniões acerca da sociedade de consumo. Uns a defendem, outros se voltam contra ela.
Para que possamos nos definir diante dessas duas realidades, precisamos fazer algumas considerações e precisamos refletir sobre os efeitos dessa sociedade.
Estaríamos exaurindo os recursos energéticos e os recursos naturais, como a água, e poluindo o ar apenas para produzir os bens supérfluos dessa sociedade de consumo. Estaríamos, então, exaurindo riquezas nos excessos de consumo, ignorando a elaboração, transporte e distribuição dos bens e serviços de primeira necessidade aos carentes. Responder a essas dúvidas é posicionar-se diante da sociedade de consumo.
Parece que um número cada vez maior de pessoas acha que sim: que estamos sacrificando uma maioria para satisfazer os excessos de um grupo menor de indivíduos. Hoje em dia há em todo o mundo muitas organizações civis que se dedicam à elaboração e execução de programas para conscientizar as populações das necessidades emergenciais de se diminuir o consu- ,mo e a poluição; de se lutar pela igualdade entre os povos e contra as diferenças sociais num país: e também de se lutar pela preservação do meio ambiente. Essas organizações, em última análise, estão envolvidas na luta pela sobrevivência, dignidade e liberdade de todos os seres humanos, tanto daqueles que foram excluídos do consumo, quanto dos consumidores. .
No entanto, parece impossível desmantelar um sistema tão poderoso quanto esse, formado pela aliança entre a comunicação de massa e as indústrias.
O que dá força à sociedade de consumo, porém, é o fato de seus valores estarem presentes em cada um de nós, representados pela abundância e pela novidade(...)

(Texto extraído do livro "Temas de Filosofia" de ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Editora Moderna: São Paulo, 1993)

29 de junho de 2009

Publicidade e Infância no Jornal O Povo


No Jornal O Povo online tem algumas notícias sobre publicidade infantil, algumas até recentes. Escrita por Valeska Andrade que é coordenadora pedagógica do O POVO na Educação. Está bem interessante, visitem vale a pena!

O POVO ONLINE

28 de junho de 2009




Consumo e Adolescência - De quem é a culpa?

Da Publicidade?
Outra relevante questão a ser discutida no âmbito social é a influência da Publicidade nas relações de consumo, seu real reflexo na vida do consumidor, ou seja, como isso afeta sua satisfação e sua consagrada busca pela felicidade.
A constante evolução dos meios de comunicação permitiu a mensagem publicitária, percorrer de forma mais ampla e célere na esfera social, alcançando uma nova dimensão e atuando intensamente nos costumes e padrões do seu destinatário, apresentando o produto e sua finalidade.
Portanto, podemos constatar que a Publicidade é o link entre a produção e o consumo, nesse sentido ela age de modo informativo e de maneira persuasiva, criando um paralelo entre a abundância dos bens de consumo com o bem-estar e a auto-realização. A promoção dos produtos, agora, se confunde com a divulgação de valores, de culturas e de ideologias. Nessa corrente percebemos que, “o mundo virtual da publicidade interfere no mundo real das pessoas como um vírus que ataca os computadores e faz deletar propostas inteiras de vida e olvidar valores hauridos desde o limiar da existência”.

Fonte: Rafael Gondim D`halvor Sollberg


Consumo e Adolescência - De quem é a culpa?

Da Mídia?
Estava observando como as propagandas de TV têm um poder de convencimento voraz de tão sutil. Tenho a sensação que este processo de envolvimento do espectador faz parte de um "maligno" plano arquitetado para atrair como serpente os indivíduos que, carentes por alguns minutos de distração, se tornam presas fáceis dos grandes agentes midiáticos que, juntamente com empresas sedentas por lucros desenfreados, aprisiona o consumidor potencial, penetrando-o neste círculo vicioso de consumir, consumir, consumir... e consumir ainda mais!
Como não poderia deixar de ser, o trabalho é tão bem feito que é possível converter o indivíduo ao capitalismo de tal forma, que ele passa a ser mais um soldado deste exército da mediocridade.
Há um certo tempo temos percebido como os meios de comunicação tornaram-se o principal veículo de acesso das empresas ao consumidor. É nos canais da Mídia que essas grandes empresas exibem seus produtos e se estabelecem no cenário social apresentando sua marca e todos os “atributos” que fazem dela a melhor opção de escolha; tudo isso através de um cuidadoso processo de conquista que reiteradas vezes convida o consumidor a experimentar, inovar, enfim, ceder aos encantos do sedutor produto que a ele é apresentado.
A Mídia nas últimas décadas tem se revelado uma importante formadora de opinião, e não raro, a principal influenciadora da conduta do cidadão consumidor. Sem dúvidas, é com base nisso que nos últimos anos, as grandes empresas têm investido maciçamente em propaganda publicitária. É incrível como a publicidade se tornou um instrumento indispensável à competitividade na política de maximização de lucros e já desenvolveu as mais apuradas técnicas de convencimento do consumidor. Suas investidas são tão eficazes que se estima que em países como os EUA, o poder da indústria da propaganda é tão latente, que 1 em cada 6 dólares é gasto em Marketing.

Fonte: Blog-Reticências... Por uma atitude


Tudo o que vemos na mídia é o que queremos ver.TV se mostra cada vez mais como um espelho da sociedade. Desejamos outra coisa, desejamos ser diferente, por exemplo, pessoas mais cultas, mais interessadas na política, mas vemos outra, vemos o programa de moda, o horário da fofoca. Nem sempre o desejo é realizado ou possa ser.É uma eleição feita pelo povo para o povo.

Consumo e Adolescência - De quem é a culpa?

Dos Pais?
Visto que são os jovens que mais vêem televisão e que estão mais expostos aos anúncios publicitários, que mais frequentam os centros comerciais e que seguem mais o avanço das tecnologias, são estes que mais consomem ou que levem os adultos a consumir.
Mas nem sempre o consumismo é originado pelas vontades dos jovens. Muitas vezes, estes não têm os tempos livres ocupados com atividades extracurriculares e ficam em casa sozinhos e privados, com os pais ausentes, pois estes estão a trabalhar. Esta ausência paternal acaba por ser substituída pela companhia da televisão ou do computador onde estão sujeitos a todo o tipo de publicidade enganosa. E os pais, como forma de compensar o tempo que não estão em casa, acabam por satisfazer os caprichos dos filhos comprando tudo o que eles querem. É uma forma de se sentirem menos culpados por deixá-los tanto tempo sozinhos e por lhes darem pouca atenção. A mídia é capaz de produzir anúncios de consumo de prazeres bem mais elaborados que os anúncios de vícios de drogas ou criminalidade.

Consumo e Adolescencia - De quem é a culpa?

Da Sociedade? A par dos grupos sociais, a sociedade é outro factor de bastante importância. Cada vez mais a sociedade transmite aos jovens a necessidade de ter determinado acessório de última geração, ou de ter roupas de determinada marca, ou de comprar em maior quantidade, ou de seguir determinada moda. São estas “obrigações” impostas aos jovens, que levam estes a sentirem-se pressionados a comprar o que a sociedade acha que é o melhor. A publicidade hoje não vende só produtos, vende sonhos, ideais, atitudes e valores para a sociedade. Tudo o que vemos na mídia é o que queremos ver. Desejamos outra coisa, desejamos ser diferente, desejamos ser, por exemplo, pessoas mais cultas, mais interessadas na política, mas vemos outra, vemos o programa de moda, o horário da fofoca. Nem sempre o desejo é realizado ou possa ser. São nestas circunstâncias que o adolescente é levado a consumir em exagero. Muitas vezes compra roupa ou acessórios da última moda, sem necessidade. E em alguns casos, compram sem terem possibilidades financeiras. Contudo, para o adolescente em fase de afirmação estas compras são indispensáveis à sua vida. E para ser aceito no grupo ou para ter o status social isso pode até gerar adolescentes criminosos. Como por exemplo o caso a seguir: