24 de julho de 2009

Em 16 anos, Projeto Adoção do Centrinho favorece histórias com final feliz



Em meados da década de 60, um grupo de professores realizou uma pesquisa, na cidade de Bauru/SP, e detectou que a cada 650 crianças nascidas uma apresentava malformação congênita labiopalatal. No início de 1967, impulsionados pelo resultado da pesquisa, profissionais da FOB - Faculdade de Odontologia de Bauru - começam a dar atendimento por meio de um serviço integrado de ensino, pesquisa e assistência social. Assim nasceu o Centro de Pesquisa e Reabilitação de Lesões Lábio-Palatais, nas dependências da própria Faculdade.

Em 1998, o "Centrinho" recebeu nova denominação, em vigor até hoje: Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - HRAC/USP, devido à ampliação do seu campo de atividade. Durante essas décadas, a instituição colecionou conquistas e beneficiou as pessoas que mais motivaram toda essa história: os seus pacientes. Hoje, o Hospital, formado por uma equipe multidisciplinar altamente qualificada, tem mais de 56 mil pacientes matriculados e presta atendimento a pessoas de todos os lugares do Brasil e Exterior. Também é reconhecido como centro de excelência dentro e fora do País.

Uma Iniciativa do Centrinho, desenvolvida pela assistente social Regina Célia Valentim desde 1991, intermediou 18 casos de adoção de crianças com fissura labiopalatal. Com 18 histórias de adoção bem-sucedida em 16 anos de trabalho. Os casos chamam a atenção por contrariarem o perfil ainda perseguido pela sociedade brasileira, já que as crianças adotadas têm fissura labiopalatal.

Criado em 1991, o Projeto Adoção tem por objetivo encontrar um lar para bebês nascidos com anomalias craniofaciais. “Tomamos conhecimento dessas crianças por meio dos cuidadores que as acompanham no tratamento oferecido aqui no Centrinho”, conta a assistente social Regina Célia Valentim. Segundo ela, a partir do primeiro caso, surgiu a idéia de criar um cadastro de candidatos interessados em adotar esses bebês. “Por incrível que pareça, sobram interessados. Felizmente, não temos notícias de muitos bebês com fissura abandonados”, conta. De seu início até hoje, o projeto já intermediou - e ainda acompanha - 18 casos de final feliz. “Há pacientes que foram morar no Sul, outros em países como os Estados Unidos e todos estão muito bem”, informa. No momento, o Projeto Adoção do Centrinho tem cadastrados quatro casais que aguardam pela chegada de um bebê. Três deles já têm filhos biológicos e adotivos com fissura. “É inexplicável. O amor desses pais é incondicional e extrapola explicações racionais”, conclui Regina.

Para saber mais sobre adoção de crianças do Centrinho Clique Aqui.
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