21 de setembro de 2010
O TRABALHO INFANTIL
NOVOS OLHARES E NOVAS PERSPECTIVAS
O Brasil, sendo um país com tanta desigualdade social ainda arranca dos frágeis ombros das crianças os impostos que são desperdiçados pagando serviçais para senadores e essa corja de políticos corruptos. Ricos comendo pobres, como disse o impagável Jô Soares certa vez.
Existem dois pilares que devem ser revistos: criança não pode trabalhar, mas com a desestrutura da sua família que alternativa resta?
O tráfico de drogas ou a prostituição, a vida de crimes.
Não quero ser ingênua para pensar que os criminosos só se tornaram assim pela desigualdade social.
A mente criminosa tem suas explicações centradas na Ciência do comportamento e nos desvios de personalidade. Pobres que não tem caráter criminoso podem, no muito, furtar alimentos dos supermercados e roupas de lojas. Com essa conduta, motivada pela fome e pela desesperança, são punidos com a rigidez que cabe o delito de furto.
Quem não chega a tanto, vai pedir esmolas nas ruas e nas casas.
Dilemas morais como esse é objeto de estudo na Faculdade.
Mustaf Sing, por exemplo, morava numa aldeia muito pobre e tinha a mulher doente. A questão era a seguinte:
Para salvar a vida da mulher ele poderia furtar o remédio que precisava se lhe fosse acessível?
E as crianças brasileiras? O fracasso escolar através da evasão, da repetência, do bulyying, a falta de compromisso das famílias, torna o ambiente escolar inóspito.
Sem falar das posturas de alguns docentes arraigados na cultura alienada do ter versus ser que maltratam seus alunos e alunas como se eles e elas não fossem merecedores do seu labor.
Quais são as alternativas para as crianças brasileiras pobres?
O trabalho não pode ser uma alternativa viável.
Mas também não pode ter a perspectiva de sermos um país europeu, onde as crianças tem escola, moradia e uma vida digna.
O Brasil é o Brasil.
Fonte: http://desenvolvimentoelinguagem.blogspot.com/2009_09_01_archive.html
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